A 3a Bienal Black, com o tema "Fluxos (in) Fluxo: Transitoriedade, Migração e Memória", busca explorar e destacar a relação entre as experiências contemporâneas de migração e as práticas artísticas do pensamento crítico decolonial como papel central. Essa edição da bienal pretende gerar discussões e reflexões sobre como a mobilidade e a transitoriedade moldam as identidades culturais, as histórias pessoais e as trajetórias de vida dos indivíduos, comunidades que constituem uma poderosa práticas relacionada com o senso de lugar, deslocamento e pertencimento, levantando questões importantes que precisam ser abordadas com urgência como as desigualdades sistêmicas de gênero e das identidades em fluxos.
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Desbobrado em cinco eixos expositivos, LINHAS INSURGENTES, REDES DE TRANSMISSÃO, PRÁTICAS GERADORAS, (RE)IMAGINANDO O CUBO PRETO e MEMÓRIAS (TRANS)LOCADAS, a Bienal Black trará a público, numa curadoria colaborativa com instituições e artistas independentes, processos e práticas extraídas da Residência Artística Virtual Compartilhada (RAVC-2) e desta chamada pública aberta a todos que identificam seus processos artísticos com o tema da Bienal.
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LINHAS INSURGENTES – Neste eixo, explora-se a arte como uma forma de insurgência e resistência, destacando obras que desafiam as convenções estabelecidas e que questionam as normas sociais e políticas. Os trabalhos apresentados neste eixo celebram a capacidade da arte de romper barreiras e estabelecer novos caminhos de expressão e liberdade.
REDES DE TRANSMISSÃO – Este eixo se concentra nas conexões e interações entre artistas, comunidades e culturas. Através da análise de redes de transmissão de conhecimentos, técnicas e tradições artísticas, busca-se compreender como esses fluxos influenciam e moldam a produção cultural e a memória coletiva.
PRÁTICAS GERADORAS – Este eixo destaca práticas artísticas que geram novas possibilidades e perspectivas, promovendo a inovação e a experimentação. Através de instalações, performances e outros meios, os artistas envolvidos neste eixo exploram o potencial transformador da arte e sua capacidade de gerar mudanças e reflexões.
(RE)IMAGINANDO O CUBO PRETO - Neste eixo, propõe-se uma revisão crítica e criativa do espaço expositivo tradicional, conhecido como "cubo branco". Ao reimaginar o cubo preto, este eixo questiona os modos convencionais de apresentação e apreciação da arte, propondo novas abordagens e espaços de encontro e diálogo.
MEMÓRIAS (TRANS)LOCADAS - O último eixo aborda questões de memória, migração e deslocamento, enfocando as experiências de indivíduos e comunidades que enfrentam a transitoriedade e a diáspora. As obras apresentadas neste eixo exploram as complexidades das memórias deslocadas, ressaltando a importância do passado na construção de identidades e narrativas culturais.
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Mais do que uma transposição de obras e formatos convencionais de apresentação, as obras irão explorar as possibilidades e especificidades do ecossistema das práticas decoloniais enquanto diálogo em exposição de arte. Assim, a arte e a cultura que têm o poder de conectar, conscientizar e humanizar essas experiências, oferecerão trocas para que artistas e comunidades compartilhem suas narrativas, desafiem estereótipos e criem um espaço inclusivo e democrático.
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A Bienal Black Brazil Art é uma exposição de artes que acontece a cada dois anos em formato presencial e/ou virtual desde 2019. Com curadoria da museóloga porto-alegrense Patricia Brito, o acervo exposto reúne pinturas, esculturas, vídeo arte, instalações, entre outros trabalhos. A partir da terceira edição a bienal se torna nômade com o objetivo de percorrer as diferentes regiões do país e promover a diversidade e a inclusão na arte, dando destaque a artistas negros brasileiros e suas obras, principalmente mulheres, mas não somente.
Mulheres (in)Visíveis (2019-2020)
Porto Alegre-RS
Florianópolis-SC
Curitiba-PR
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Cartografia e Hibridismo do Corpo Feminino
Representação Visual e Afetiva (2022)
Virtual
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